Moleca... Menina... Mulher
Confusa... Decidida... Feliz
Moleca feliz, menina decidida, mulher confusa...
Menina feliz, mulher decidida, moleca confusa...
Mulher feliz, moleca decidida, menina confusa...
Conhecidos somos pelo andar, falar e jeito de ser. Mas não se sabe conhecer o coração do outro, quando esse deixar oculto aquilo que têm a falar.
Inconstante, mutável... Ora graciosa encanta a todos com sua inabalável “felicidade” contagiante, noutras calada e distante transmite apenas o olhar vazio.
Fascinada pela lua em suas distintas fases, vez ou outra apresenta mais fases que a própria. Mais incomum do que gostaria, literalmente um pronome indefinido!
Confusa? Muito confusa!
Nem tanto nem tão pouco, na medida exata.
Se livre demais ganho asas, se presa não me tens; às vezes perdida no distinguir de certo ou errado, mas sempre decidida no que quer. Singela como o luar e dona de uma personalidade forte, transmite em seu olhar o que diz seu coração.
Eterna apaixonada pelo frio sente falta de um dia caloroso, encantada pela beleza do entardecer espera ansiosa à noite para contemplar a magnitude dos astros.
Sente-se segura num abraço aconchegante e lisonjeada quando rodeada de amigos, mas necessita do silêncio de um quarto vazio. Sabe valorizar as suas conquistas e conquista o que lhe é oferecido, sem maiores interesses. Repudia o cinismo e quase nunca atenta a maldade de quem a inveja.
Um simples alguém que não precisa de maiores exibições para fazer-se merecedora da atenção de quem a cerca; é meio recatada ao recatada ao agir em algumas situações, porém não teme engrossar a voz mostrando-se indiferente quando necessário.
Perdida entre a ingenuidade de uma criança e a maldade de um adulto entende-se por uma jovem sonhadora. Entende que o maior medo de um sonhador é ter consciência de que nem tudo aquilo que se quer poderá conseguir; mas acredita até o final que é possível, mesmo que em algum instante desacredite.
Do tipo que escreve poemas ao vento e recita sem que ninguém possa ouvi-la, vezes põem no papel noutras esquece-os. Conversa com a noite em lugares que nem mesmo um ruído se ouve, e segue numa direção tendo com orientação a luz da lua e os pensamentos. Produz histórias que falam não somente ao coração, mas também a alma e ao caráter de quem as saboreiam.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
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